quarta-feira, 7 de maio de 2008

Crônica do amor

Ninguém ama outras pessoas pelas qualidades que ele tem. Caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O AMOR não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa por que ela é educada, veste-se bem e é fã de Caetano.

Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá ou elo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom da voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Ah, o amor essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim, amor não requer conhecimento nem consulta ao SPC. Ama-se pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm as pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor de sua vida é.


Arnaldo Jabor

Nenhum comentário: